O parto normal, ou seja, o nascimento do bebê que acontece por via vaginal, é o mais recomendado por médicos e até mesmo pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por conter inúmeros benefícios tanto para a mulher, quanto para o recém-nascido.
Apesar da indicação de especialistas, muitas mulheres optam pela cesariana, mesmo quando ela não é considerada necessária. Segundo a ginecologista e obstetra Anna Beatriz Herief, existe uma única coisa a se fazer se este é o seu caso: procurar informação.
Medo do parto normal está ligado à falta de informação
De acordo com a médica, o Brasil tem um alto índice de cesarianas desnecessárias. O fenômeno seria cultural porque, por muitos anos, os partos normais em sua maioria foram mal assistidos, com direito, inclusive à violência obstétrica.
Mas este cenário tem mudado a passos largos, afirma a profissional. A busca cada vez maior de mulheres por informação fez com que os médicos adequassem suas práticas, melhorassem sua assistência e entendessem que as mamães têm exigido clareza sobre o que deve ou não ser feito na hora de dar à luz.
Doulas, educadoras perinatais, parteiras, obstetrizes, enfermeiras e médicos que preconizam o bem-estar materno e fetal com responsabilidade e respeito são suporte de informação para mulheres que sabem que há grandes benefícios do parto normal frente a uma cirurgia cesariana desnecessária, relata a obstetra.
A cesariana, explica a médica, pode realmente salvar vidas e é incrivelmente bem-vinda quando necessária. Mas induzir a mulher a fazê-la por questões de agenda médica, por exemplo, pode trazer riscos severamente aumentados para a mãe e para o bebê.
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