A grande maioria das mulheres grávidas apresenta, em algum período da gestação, náuseas, também conhecidas como “enjôos”, que podem ser acompanhadas, ou não, de vômitos. Estudos revelam que até 90% das grávidas vão apresentar esse quadro clínico, chamado no meio médico de êmese gravídica.
Esses “enjôos” são muito comuns no primeiro trimestre da gestação, tendo seu pico por volta da 10ª semana de gravidez, tendendo a desaparecer no decorrer dos meses. Contudo cerca de 20% das pacientes podem apresentar até o último trimestre e 5% podem sofrer destas náuseas até o momento do parto. Não há um horário específico para este desconforto ocorrer, em 80% das pacientes o quadro persiste por todo o dia.
É importante salientar que os enjôos não constituem uma doença, eles ocorrem por alterações fisiológicas no organismo feminino decorrentes da gravidez. Hoje se atribui o quadro de náuseas ao hormônio chamado de gonadotrofina (produzido pela placenta), juntamente com as alterações dos hormônios tireoidianos e alterações emocionais advindas desta fase.
Os enjôos podem, por estímulos neurológicos, levar a uma produção excessiva de saliva, conhecida como sialorréia, relacionando-se com dificuldade de deglutição (engolir).