Meghan Markle teve pré-eclâmpsia pós-parto

Meghan Markle revela que teve pré-eclâmpsia pós-parto: o que é essa condição rara e grave?

Duquesa de Sussex enfrentou a pré-eclâmpsia pós-parto, quadro de saúde que possibilita consequências graves como sangramento cerebral e mais

A pré-eclâmpsia é um problema de saúde potencialmente grave que afeta de 5 a 8% das gestantes mundialmente, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). Recentemente, porém, a duquesa de Sussex, Meghan Markle, revelou ter vivenciado uma condição ainda mais rara: a pré-eclâmpsia pós-parto. Entenda abaixo esse problema:

Meghan Markle relata pré-eclâmpsia pós-parto

Na estreia do novo podcast “Confessions of a Female Founder”, Meghan Markle, a duquesa de Sussex e apresentadora da atração, falou sobre um problema de saúde grave e raro que teve após uma das gestações. Mais incomum que a pré-eclâmpsia gestacional, a pré-eclâmpsia pós-parto afetou a famosa, algo que ela descreveu com temor.

(Crédito: Lukas Schulze/Getty Images for Invictus Games Düsseldorf 2023)

Se, especificar se foi afetada pela condição após o nascimento do filho, Archie (5), ou da filha, Lilibet (3), ela falou sobre a situação difícil. “É tão raro e assustador… E você ainda está tentando lidar com todas essas coisas, o mundo não sabe o que está acontecendo na vida privada. No silêncio, você ainda tenta estar ali para as pessoas – especialmente para os filhos –, mas essas coisas são grandes sustos de saúde”, afirmou.

Pré-eclâmpsia pós-parto: o que é

A pré-eclâmpsia e a pré-eclâmpsia pós-parto são, essencialmente, a mesma condição de saúde, mas que acontecem em momentos diferentes. Na primeira, a paciente é afetada durante a gestação, algo que coloca em risco tanto a saúde dela quanto a da criança. No segundo, ela ocorre após o nascimento do bebê.

Meghan Markle teve pré-eclâmpsia pós-parto
(Crédito: Tim P. Whitby – Pool/Getty Images)

Essa condição é rara e potencialmente grave. Ela se caracteriza por hipertensão arterial (pressão alta) e a presença de proteína na urina (proteinúria). O quadro representa uma emergência médica pelo risco de evoluir por exemplo, para:

  • Convulsões;
  • Perda de consciência;
  • Hemorragia cerebral;
  • Isquemia;
  • Danos neurológicos permanentes;
  • Edema pulmonar e insuficiência respiratória;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Síndrome HELLP (complicação marcada por plaquetas baixas, quebra de glóbulos vermelhos, comprometimento hepático, sangramentos internos, etc);
  • Insuficiência renal aguda;
  • Trombose ou sangramentos graves.

Em geral, a pré-eclâmpsia pós-parto se manifesta nas primeiras 48 horas seguintes ao nascimento do bebê. Ela pode, no entanto, aparecer até seis semanas após o parto.

Causas da condição

Esse quadro de saúde é mais comum em casos que também envolvem, por exemplo:

  • Histórico de pré-eclâmpsia em uma gestação;
  • Hipertensão crônica;
  • Gravidez de múltiplos;
  • Diabetes;
  • Obesidade.
(Crédito: Chris Jackson – WPA Pool/Getty Images)

Sintomas de pré-eclâmpsia pós-parto

Os principais sinais dessa condição incluem:

  • Pressão arterial elevada;
  • Excesso de proteína na urina;
  • Dor de cabeça forte;
  • Dor na parte superior do abdômen, abaixo das costelas e do lado direito;
  • Náusea e vômitos;
  • Alterações visuais;
  • Inchaço súbito no rosto e nas mãos.

Ao observar um quadro como esse, indica-se comunicar o médico responsável ou buscar o serviço de saúde urgentemente.

Tratamento

A pré-eclâmpsia, tanto na gestação quanto no pós-parto, exige monitoramento médico. Isso significa que, em quase todos os casos, a paciente terá de ficar internada. Outros aspectos do tratamento envolvem administração de remédios para controle da pressão arterial e anticonvulsivantes.

Saúde na gestação e no pós-parto