Duquesa de Sussex enfrentou a pré-eclâmpsia pós-parto, quadro de saúde que possibilita consequências graves como sangramento cerebral e mais
A pré-eclâmpsia é um problema de saúde potencialmente grave que afeta de 5 a 8% das gestantes mundialmente, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). Recentemente, porém, a duquesa de Sussex, Meghan Markle, revelou ter vivenciado uma condição ainda mais rara: a pré-eclâmpsia pós-parto. Entenda abaixo esse problema:
Meghan Markle relata pré-eclâmpsia pós-parto
Na estreia do novo podcast “Confessions of a Female Founder”, Meghan Markle, a duquesa de Sussex e apresentadora da atração, falou sobre um problema de saúde grave e raro que teve após uma das gestações. Mais incomum que a pré-eclâmpsia gestacional, a pré-eclâmpsia pós-parto afetou a famosa, algo que ela descreveu com temor.

Se, especificar se foi afetada pela condição após o nascimento do filho, Archie (5), ou da filha, Lilibet (3), ela falou sobre a situação difícil. “É tão raro e assustador… E você ainda está tentando lidar com todas essas coisas, o mundo não sabe o que está acontecendo na vida privada. No silêncio, você ainda tenta estar ali para as pessoas – especialmente para os filhos –, mas essas coisas são grandes sustos de saúde”, afirmou.
Pré-eclâmpsia pós-parto: o que é
A pré-eclâmpsia e a pré-eclâmpsia pós-parto são, essencialmente, a mesma condição de saúde, mas que acontecem em momentos diferentes. Na primeira, a paciente é afetada durante a gestação, algo que coloca em risco tanto a saúde dela quanto a da criança. No segundo, ela ocorre após o nascimento do bebê.

Essa condição é rara e potencialmente grave. Ela se caracteriza por hipertensão arterial (pressão alta) e a presença de proteína na urina (proteinúria). O quadro representa uma emergência médica pelo risco de evoluir por exemplo, para:
- Convulsões;
- Perda de consciência;
- Hemorragia cerebral;
- Isquemia;
- Danos neurológicos permanentes;
- Edema pulmonar e insuficiência respiratória;
- Insuficiência cardíaca;
- Síndrome HELLP (complicação marcada por plaquetas baixas, quebra de glóbulos vermelhos, comprometimento hepático, sangramentos internos, etc);
- Insuficiência renal aguda;
- Trombose ou sangramentos graves.
Em geral, a pré-eclâmpsia pós-parto se manifesta nas primeiras 48 horas seguintes ao nascimento do bebê. Ela pode, no entanto, aparecer até seis semanas após o parto.
Causas da condição
Esse quadro de saúde é mais comum em casos que também envolvem, por exemplo:
- Histórico de pré-eclâmpsia em uma gestação;
- Hipertensão crônica;
- Gravidez de múltiplos;
- Diabetes;
- Obesidade.

Sintomas de pré-eclâmpsia pós-parto
Os principais sinais dessa condição incluem:
- Pressão arterial elevada;
- Excesso de proteína na urina;
- Dor de cabeça forte;
- Dor na parte superior do abdômen, abaixo das costelas e do lado direito;
- Náusea e vômitos;
- Alterações visuais;
- Inchaço súbito no rosto e nas mãos.
Ao observar um quadro como esse, indica-se comunicar o médico responsável ou buscar o serviço de saúde urgentemente.
Tratamento
A pré-eclâmpsia, tanto na gestação quanto no pós-parto, exige monitoramento médico. Isso significa que, em quase todos os casos, a paciente terá de ficar internada. Outros aspectos do tratamento envolvem administração de remédios para controle da pressão arterial e anticonvulsivantes.