Para auxiliar a mãe no diagnóstico, alguns sintomas sentidos por ela podem denunciar que o baixinho está com pressa de chegar ao mundo. “Contrações a cada dez minutos, sangramentos, cólicas fortes e perda de líquidos são indícios do trabalho de parto prematuro”, exemplifica Renato. Exames como a medição do colo do útero e a dosagem de fibronectina fetal também podem denunciar esse desfecho. “A fibronectina é uma glicoproteína que, detectada na secreção vaginal, aponta chances de parto prematuro dentro de sete dias ou antes da mamãe completar 34 semanas de gestação”, revela Graziela.
As visitas também devem ser restritas nos primeiros meses e a mãe deve evitar fazer saídas prolongadas e levar a criança para passear em ambientes fechados
A realização do pré-natal é a melhor forma de prevenir a chegada antecipada do bebê. “É ele que detecta doenças que podem determinar o nascimento prematuro, possibilitando um tratamento antecipado”, justifica Graziela.
De volta para casa
Para a tristeza de muitas mães ansiosas, enquanto o bebê permanece no hospital, ela fica impedida de amamentar a criança. “Os bebês não podem ser amamentados diretamente pela mãe, pois a sucção exige um esforço maior do que o prematuro é capaz de fornecer”, explica Renato. Porém, como a sucção do bebê é essencial para a produção de leite, os médicos orientam a mãe a ordenhar e armazenar o leite até que a criança possa mamar. “Enquanto o bebê está sendo alimentado por sonda é comum que o leite materno (cru ou pasteurizado) seja administrado como complementação ao artificial”, revela Graziela.
Após a saída da maternidade, o bebê está apto a ser amamentado pela mãe, mas alguns cuidados devem ser tomados durante o aleitamento. “Deve-se ter atenção para o bebê não engasgar durante a mamada. Depois é hora de deixá-lo na vertical até arrotar e, ao deitá-lo no berço, deve ser colocado de lado com uma certa elevação para evitar refluxos”, aconselha Graziela.
As visitas também devem ser restritas nos primeiros meses e a mãe deve evitar fazer saídas prolongadas e levar a criança para passear em ambientes fechados. Além do acompanhamento pediátrico, alguns bebês prematuros podem necessitar de outros especialistas como fisioterapeutas, neurologistas e fonoaudiólogos. “Esse acompanhamento é necessário, pois os prematuros são crianças que necessitam de bastante estimulação”, finaliza Renato.
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