Por mais que as crianças estejam sujeitas ao olhar atento dos pais, sempre há uma brecha para que o pequeno faça alguma travessura, como colocar coisas sujas na boca ou pegar alimentos com a mão suja.
Esses e outros comportamentos comuns na infância tornam algumas doenças mais fáceis de serem transmitidas entre os pequenos – algumas inofensivas, e outras que podem exigir muita atenção.
Diarreia é grave?

Existem alguns motivos clínicos que podem levar à uma quadro de diarreia na infância, no entanto, se essa diarreia apresentar determinados sinais ela pode ser classificada como diarreia aguda, o que pode indicar que a criança está com uma condição grave causada pelo rotavírus. São eles:
- Diarreia aquosa
- Sem sinais de muco
- Com sangramento
Rotavírus na infância
O que é?
Inimigo número um dos pais e mães, o Rotavirus é uma infecção grave que acomete com muita frequência crianças entre seis a dois anos de idade. A estimativa é que até os cinco anos todas as crianças terão pelo menos um episódio de infecção por Rotavirus e uma em cada 300 infectadas pode morrer devido às complicações.
Sintomas

Salvo os casos em que a condição é assintomática, geralmente quando os sintomas aparecem, os mais importantes são:
- Diarreia aguda
- Febre
- Mal-estar
- Coriza
- Tosse
- Desidratação
Transmissão
De acordo com o gastroenterologista Gerson Domingues, ss rotavírus são encontrados em alta concentração nas fezes de crianças infectadas e possuem vários meios de transmissão: pela via fecal-oral, por água e alimentos, pelo contato físico, por objetos contaminados e, provavelmente, também por secreções respiratórias.
Conforme o profissional, a excreção máxima do vírus acontece no terceiro ou no quarto dia após o aparecimento dos primeiros sintomas. No entanto, ele pode ser detectado nas fezes do paciente mesmo após a completa resolução da diarreia. Medidas de saneamento básico são fundamentais para prevenir a transmissão do vírus.
Diagnóstico

A melhor maneira de descobrir a infecção por rotavírus é por meio de exames laboratoriais específicos, para pesquisar a existência do vírus nas fezes do paciente. A amostra deve ser coletada nos primeiros quatro dias da infecção.
Tratamento
Ainda conforme domingues, não há terapêutica específica para combater o rotavírus, pois a doença é autolimitada. Para ele, o principal aspecto do tratamento é prevenir a desidratação e os distúrbios eletrolíticos causados pela diarreia intensa. Entretanto, ele ressalta que, dependendo da gravidade, pode ser necessária a internação hospitalar para hidratação e correção dos distúrbios eletrolíticos do paciente.
A vacina
A vacina contra o Rotavírus começou a ser usada, no Brasil, em 2006 e faz parte do calendário do Programa Nacional de Imunizações. Foram licenciadas duas formas de apresentação. A monovalente, que deve ser administrada por via oral em duas doses (aos dois e quatro meses) e a pentavalente, em três doses (aos dois, quatro e seis meses). O intervalo mínimo entre uma dose e outra é de 30 dias
Prevenção
- Lave as mãos cuidadosamente e com frequência, especialmente depois de usar o banheiro e de trocar as fraldas das crianças, antes das refeições e quando for preparar os alimentos;
- Lave bem e deixe mergulhados em solução desinfetante frutas e legumes que vão ser ingeridos crus;
- Use água tratada para beber e no preparo dos alimentos;
- Mantenha sempre bem limpos os utensílios de mesa e os que são usados na cozinha;
- Lembre-se de que o soro caseiro e os produtos equivalentes contêm sais minerais importantes para reidratar o paciente não encontrados na água pura;
- Procure o médico tão logo a criança apresente episódios de diarreia aguda.
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