Em meio a um processo de fertilização in vitro (FIV) para engravidar, a influencer Camila Monteiro relatou um sintoma inusitado. Segundo contou em seu perfil no Instagram, conforme ela deu início à reposição hormonal que faz parte do tratamento, ela começou a ter o desejo de comer esponjas e espuma – algo diagnosticado por sua psicóloga como síndrome de pica, que é comum entre grávidas.
Influencer come esponja durante tratamento hormonal
No Instagram, Camila Monteiro contou aos seguidores que, conforme avança no processo da FIV, vem sentindo vontade de comer coisas que não são comestíveis. A blogueira, que teve uma das trompas removidas após uma gravidez tubária e não pode ter uma gravidez saudável com a trompa restante, está há semanas fazendo reposição hormonal e, desde então, sente desejo por esponjas e espuma.
“Deixa eu contar uma coisa bizarra para vocês: nos últimos dias, principalmente a partir de semana passada, eu comecei a ter muita vontade de comer esponja. Aquela esponja amarelinha. Vontade de comer esponja e espuma. Sabe espuma de banho, essas coisas?”, relatou a influencer, afirmando ter se preocupado e recorrido à terapeuta para entender o que estava acontecendo.
“Corri para minha psicóloga e falei: ‘O que acontece que eu estou com vontade de comer esponja?’. Aí falou que isso se chama transtorno de pica. Sim, esse é o nome. É muito comum de acontecer com grávidas, aqueles desejos mirabolantes, e também com mulheres que estão fazendo reposição hormonal”, contou Camila, que contou já ter lido histórias semelhantes.
“Já vi histórias de gente que come sabão, gente que come terra. Eu não comi a esponja, mas às vezes eu fico pensando no amarelinho da esponja e me dá uma vontade tão grande de ir lá, tirar uma lasquinha e comer”, confessou a blogueira. Por fim, ela mostrou ter comido duas pequenas lascas da esponja para matar a vontade, e compartilhou relatos de mulheres que tiveram vontade até de comer tijolo e cimento.
Pica ou alotriofagismo: o que é?
Conhecido tanto como síndrome de pica quanto por alotriofagismo, este transtorno consiste, de acordo com o Instituto de Saúde Nacional (NIH), órgão de saúde norte-americano, no ato de consumir materiais não comestíveis. Enquanto algumas pessoas têm vontade de sabão e esponjas como Camila, outras desejam terra, tinta e até fezes – e, em 2016, um homem chegou a ingerir 40 facas devido ao problema.
Casos assim são registrados desde a antiguidade e o nome peculiar do distúrbio tem relação com uma ave que come tudo o que vê pela frente e cuja espécie tem este nome. Além de ser comum em mulheres grávidas, ele também pode aparecer em crianças – e, em alguns casos, como o de quem come terra, pode indicar deficiência de algum nutriente ou vitamina, como ferro e zinco.
Em casos em que o desejo se torna incontrolável e o consumo de materiais não comestíveis é dominador, é indicado buscar atendimento médico.
