A queda de cabelo do couro cabeludo e de outras partes do corpo é uma condição clinicamente conhecida como alopecia, que pode ter várias causas diferentes. Dependendo do tipo, pode estar relacionada a outras doenças, inclusive de cunho emocional, como a depressão por exemplo.
Tipos de alopecia
De acordo com a organização internacional Alopecia UK, existem cinco tipos de alopecia, e cada um deles deve ter uma abordagem distinta no tratamento. São eles:
Alopecia areata
Trata-se de uma doença autoimune que provoca a perda localizada de cabelo, caracterizada por “buracos” que deixam o couro cabeludo à mostra. É associada a fatores emocionais e costuma ser temporária, podendo regredir espontaneamente.
Segundo o dermatologista Rodrigo Pirmez, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a alopecia areata pode levar a um grande impacto estético, afetando o psicológico dos pacientes.
“No entanto, o oposto também parece ser verdade: muitos pacientes reportam alterações da saúde mental antes de um episódio de alopecia areata”, destaca o médico ao citar o caráter psicossomático do distúrbio.
Alopecia androgenética
É o tipo mais comum de queda de cabelo e tem origem no hormônio sexual masculino, a testosterona. Nos homens, manifesta-se através da calvície clássica da meia-idade, mas também pode atingir mulheres.
Como o próprio nome diz, a alopecia androgenética é causada pela junção de fatores genéticos à ação da testosterona, que ao se transformar em di-hidrotestosterona (DHT), reduz o crescimento dos cabelos.
Assim como os outros tipos de alopecia, não tem cura, mas pode ser amenizada com loções à base de minoxidil, que promove vasodilatação, ou finasterida, que inibe a conversão da testosterona em DHT.
Alopecia cicatricial
Inflamações, processos autoimunes, infecções, queimaduras e outros traumas podem fazer com que os folículos capilares sejam substituídos por tecido cicatricial, dando origem a este tipo de alopecia, que é irreversível e só pode ser contornado com cirurgia.
A única chance de tratamento contra a alopecia cicatricial é em caso de diagnóstico precoce, antes da destruição total dos folículos. Neste caso, é possível impedir a evolução do quadro através de antibióticos, anti-inflamatórios ou outros medicamentos que atuem na raiz do problema.
Alopecia por tração
O uso de apliques ou outros penteados que puxam demais os cabelos pode causar uma perda capilar localizada conhecida como alopecia por tração. Até mesmo a mania de enrolar as próprias madeixas pode levar a este quadro.
O tratamento é simples: parar de usar cabelos presos demais ou acessórios que causem tensão exagerada nos fios. Em seus estágios iniciais, o problema pode ser resolvido. Mas, nos casos mais extremos, a perda de cabelo é permanente.
Eflúvio telógeno
Comum em pacientes submetidos à quimioterapia, é a perda generalizada de cabelo ocasionada pela distorção do ciclo de vida capilar, e costuma ser neutralizada pelo próprio corpo dentro de alguns meses.