Em queda livre

A queixa de queda de cabelo é uma das mais freqüentes para os dermatologistas, tanto em homens como em mulheres.

Sabe-se que oscilações do hormônio feminino e fatores como estresse, seborréia, dietas desequilibradas, cistos de ovário, menopausa, transtornos endócrinos, período pós-parto, pós-cirurgias, anorexia nervosa, uso de implantes hormonais e anabolizantes podem causar enfraquecimento dos fios e franca diminuição do volume de cabelos. Além disso, temos as causas traumáticas químicas e físicas, como alisamentos, reflexos, descolorações, permanentes e até mesmo os rabos de cavalo que tracionam demais o couro cabeludo.

A causa mais corriqueira da clássica calvície é mesmo a associação entre a ação hormonal e genética

Nos homens, a temida calvície (ou alopecia androgênica) se inicia a partir da parte de cima da cabeça, especialmente na região das “entradas”, avançando progressivamente para trás e para os lados. Está intimamente ligada a fatores hormonais e genéticos, resultando no afinamento progressivo dos fios, que enfraquecem até desaparecerem. Os hormônios masculinos, iniciando sua produção nos meninos por volta dos 13 anos, se captado em grande quantidade pelos “receptores” (estruturas ávidas por hormônio, presentes no couro cabeludo e herdados geneticamente), vai enfraquecendo progressivamente os fios. A gravidade da calvície dependerá desta carga genética, isto é, de mais ou menos receptores.

Outros fatores como estresse, doenças que afetam o estado geral tipo o câncer, tuberculose, Aids, e a desnutrição podem fazer com que homens e mulheres percam os cabelos. Sem contar o envelhecimento natural cronológico. Mas a causa mais corriqueira da clássica calvície é mesmo a associação entre a ação hormonal e genética. Espera-se que num futuro próximo a terapia genética resolva este problema definitivamente! É só esperarmos mais um pouco…

Tratamento

Os tratamentos visam devolver, ainda que parcialmente, o volume de cabelos perdido e também prevenir futuras quedas.

O Finasteride oral é um dos mais usados, tanto para os homens como para a as mulheres em que a hereditariedade e os hormônios estão envolvidos. Usam-se também cápsulas de aminoácidos, proteínas, vitaminas do complexo B, ácido fólico.

Loções de uso local, com coquetéis vasodilatadores, anti-hormônios, hormônios femininos como os estrógenos, e corticóides de ação antiinflamatória também são muito úteis em devolver certa vitalidade aos cabelos e mesmo recuperar boa parte deles, dependendo do grau de acometimento.

Shampoos de ação anticaspa e anti-oleosidade (contendo piroctone olamina, piritionato de zinco, enxofre e sulfacetamida) contribuem para um bom resultado.

Injeções de medicamentos diretamente no couro cabeludo também são usadas em casos agudos e resistentes de queda de cabelo, especialmente nas mulheres.

Soluções cirúrgicas são muito procuradas, especialmente por homens com graus significativos de calvície – os famosos transplantes e cirurgias de rotação de retalhos.

Algumas medidas gerais ajudam a poupar os cabelos: não fumar, ter alguma atividade física, manter-se dentro do peso razoável, ter verduras, frutas, legumes e proteínas na alimentação, moderar a quantidade de açucares e gorduras, controlar o estresse, entre outros.

Ah, e cuidado com tratamentos enganosos, caros e sem fundamento científico. Procure sempre um dermatologista para orientação!